sexta-feira, 25 de setembro de 2009

CONVITE - sexta-feira (25/09/09)

Convidamos a todos os foliões e amigos do G.R.E.S. FOLIA DO VIRADOURO a comparecer em nossa quadra, onde está ocorrendo o ENSAIO DOS RITMISTAS, comandado pelos Mestres ARQUIMEDES e MARQUINHOS.

Animação, cerveja gelada (e barata!)e muita gente bonita. A alegria, em nossa quadra, não tem hora para acabar.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

registros legais do Arraiá



O querido Arlindo não deixou de prestigiar o "Arraiá"



A animada turma de Jeco



Pai e filha se divertiam com as atrações



A especial Fabrícia ao lado de nosso Vice_presidente, Marcelo Serpa.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

CALENDÁRIO DE ATIVIDADES

CALENDÁRIO DE ATIVIDADES
Definida pelo Presidente do G.R.E.S. FOLIA DO VIRADOURO


23/09/09 – APRESENTAÇÃO DOS SAMBAS-ENREDO PELOS COMPOSITORES
Local: QUADRA Horário: 18:00 às 22:00

30/09/09 – SORTEIO DA ORDEM DE APRESENTAÇÃO
Local: QUADRA Horário: 20:00

09/10/09 – APRESENTAÇÃO DOS SAMBAS-ENREDO
Local: QUADRA Horário: 22:00

ELIMINATÓRIAS – (datas a serem definidas de acordo com o nº de sambas concorrentes)
Local: QUADRA Horário: 22:00

atenção para a ORDEM DO DESFILE

Aos compositores, apresentamos a ordem do desfile.
POSTAGEM MODIFICADA

(a ordem do desfile foi retirada às 23:40 do dia 25/09/09 a pedido do Presidente Paulo Cesar e sua disponibilização foi anteriormente acertada com a Direção da Ala nesses termos, pois somente serviria como material de apoio aos compositores para elaboração de suas criações. Orientamos a quem eventualmente tenha baixado as imagens que não as divulgue publicamente.)

DICAS DO ENREDO - CARMEM MIRANDA

O internauta poderá toda a vida de Carmem Miranda em seu site oficial, basta clicar aqui

DICAS DO ENREDO - FESTA DO DIVINO

Extraído de http://www.aguaforte.com/antropologia/festaabrasileira/AFestadoDivino.html

FESTA DO DIVINO
A Festa do Divino é uma festa da Igreja Católica em que se celebra a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos e a Virgem Maria, reunidos no cenáculo (local da última ceia), marcando o nascimento da Igreja.
Quando chegou o dia de pentecostes, eles se achavam reunidos todos juntos.

A Festa do Divino Espírito Santo é uma das festas mais recorrentes em todos os calendários turísticos e sobre festas que pude encontrar. Sua realização, contudo, parece adquirir maior relevância em regiões de colonização mais recente, como é o caso do Centro-Oeste brasileiro onde outras ela é a mais constante nos calendários das cidades. Pouco se sabe sobre sua origem como evento no Brasil a não ser que ela veio com os portugueses no período colonial, quando era efusivamente comemorada. Segundo vários autores ela foi sofrendo transformações paulatinas, “decaindo” na preferência popular por alguns anos, devido, talvez, ao empobrecimento das regiões onde se solidificaram como forma de culto ao Espírito Santo, pois elas parecem ter tido início, no Brasil, nas áreas de mineração do ouro, como Minas Gerais e Goiás. A respeito dos primeiros tempos da Festa do Divino no Brasil e as formas pelas quais teria sido levada à região central, existem poucas e imprecisas informações, tanto nos vários autores que dela trataram como também segundo alguns moradores desta região. Acredita-se que o costume veio de Portugal, trazido pelos missionários jesuítas e primeiros colonos.

A crença no Espírito Santo é reconhecida como um dos principais focos das formas de religiosidade popular do Centro-Oeste, contrariamente ao que acontece no Nordeste e Sudeste do país, onde outros santos padroeiros, como os juninos, ocupam o lugar que no Brasil Central se destina ao Divino. Diz-se ainda que a festa está intimamente ligada ao período da mineração de ouro e se conservou especialmente nas velhas cidades goianas do século XVIII, sendo rara e pouco solene nas cidades que foram fundadas depois do ciclo do ouro. Segundo Carlos Brandão (1978), as pessoas de origem mais pobre de Pirenópolis (onde realizou seus principais estudos), ligam a origem da festa à sua antigüidade apenas. A festa é tradicional, para estas pessoas, “porque é costume muito antigo”. Já nos discursos das pessoas “letradas”, há referências históricas, nomes e datas. Algumas versões da origem da festa são verdadeiros mitos narrados por moradores como uma versão que Brandão publicou, contada um habitante de Pirenópolis que, segundo ele, dizia possuir conhecimentos pessoais que até 1974 não eram conhecidos sequer por pessoas de sua família. Segundo esta versão:



“Ainda na Idade Média teria aparecido em Portugal um monge considerado como um santo. Depois de longos anos de retiro no deserto, foi-lhe revelada a vinda próxima de uma nova era de relações entre os homens sobre a Terra: a época do Espírito Santo. A humanidade teria já ultrapassado a época do Pai (o Antigo Testamento) e, ao seu tempo, terminava o seu trânsito por sobre a época do Filho (o Novo Testamento). Estaria para chegar ao mundo a época final, a do Espírito Santo, marcada pelo advento de uma implantação definitiva da paz, do amor da bondade entre todos os homens do mundo.[...] O monge voltou às cidades e procurou difundir a revelação recebida, tida imediatamente como revolucionária pelas autoridades eclesiásticas do seu tempo. Suas idéias proféticas conquistaram inúmeros adeptos, logo perseguidos por uma igreja oficial, ao mesmo tempo medieval e fechada. Segundo a versão, ‘só em Portugal foram queimadas mais de 400 pessoas por sua crença no Espírito Santo‘. Inúmeros adeptos da nova crença migraram para o Brasil, logo depois de sua colonização e, depois da conquista dos espaços mediterrâneos, ocuparam, prioritariamente, antes as terras de Minas Gerais e, depois, os espaços de Goiás e, em menor escala, os de Mato Grosso” (Brandão, 1978: 65).
Existem evidências históricas dessa versão, que próprio Brandão (1978: 143, nota 50) apresenta e que são uma boa demonstração dos modos de variação dos fatos históricos quando incorporados às práticas de grupos de pessoas vinculadas a festejos populares de expressão católica. Um exemplo de que os vazios do mito são muitas vezes preenchidos com elementos históricos do mesmo modo que os vazios da história podem ser preenchidos por criações míticas.

A festa do Divino Espírito Santo realiza-se no Domingo de Pentecostes, festa móvel católica, que acontece sempre cinqüenta dias depois da Páscoa, em comemoração à vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo. Ela se realiza em inúmeras localidades do país. No Brasil central, contudo, parece ser a mais relevante e mobilizante das festas. Se nas demais regiões temos outras festas aglutinadoras da população (como o Carnaval no sudeste, as festas juninas no norte e nordeste, as FESTS no sul), a festa do Divino Espírito Santo cumpre este papel no Brasil central, embora não seja oficialmente reconhecido como santo padroeiro da maioria das cidades em que acontece.

Existe um culto pessoal do Espírito Santo em toda a região central. Segundo Brandão, as pessoas recorrem ao Divino em busca dos mesmos milagres esperados dos santos da igreja católica fazendo, inclusive, promessas. Ele não tem atributos específicos, ou seja, não tem um dom específico de cura ou proteção, como é o caso de São Brás que protege a garganta, ou Santo Antônio, que protege os namorados. Por esta razão, ao Divino tudo se pede, embora ele perca em quantidade de promessas e votos para São Benedito. Finalmente, o Divino Espírito Santo não tem culto institucionalizado por parte de algum segmento social, seja classe, profissão ou etnia.

Os motivos apresentados nos discursos das pessoas que fazem a festa, para realizá-la remetem, segundo vários autores, a uma firme crença no Divino, reconhecida em toda região. E as pessoas que Brandão entrevistou diziam que “sempre tiveram essa fé com o Divino”. E por isso que a festa foi criada e se repete todos os anos. A crença no Espírito Santo explica a festa. Ela é compreendida como um modo próprio da cidade expressar sua crença, promovendo uma situação de múltiplos rituais de louvor e homenagem ao Espírito Santo.

Como acontece nas grandes festas, apesar de o momento central acontecer num único dia, no caso o Domingo de Pentecostes (chamado por todos de “Domingo do Divino”), ela começa bem antes, não apenas no espírito dos participantes, como também nos preparativos e escolhas que devem ser feitos. No período que antecede a festa, os momentos centrais são o do sorteios dos “encargos do Divino” e a “Coroação do Imperador”.

A Festa do Divino coloca dentro de sistema de ações de trocas e serviços, pessoas socialmente diferenciadas em posições também diversas e muitas vezes interdependentes. Pode-se mesmo dizer que é sobre estas trocas simbólicas de modos de participação que se constitui, na prática, a Festa do Divino. Ela instaura uma transformação não apenas na vida da sociedade local como também na vida pessoal dos participantes, como de resto acontece com todas as festas, mas especialmente com as festas devocionais.

Aqueles que se comprometem com os festejos do Divino redefinem-se, uns para com os outros, ao se integrarem a um sistema de posições e relações que apesar de algumas vezes derivarem de relações que acontecem em outras áreas da sociedade local, somente possuem valor dentro da situação da festa e de seus vários rituais. Isto significa que empregado e patrão, por exemplo, podem ter seus papéis invertidos, reforçados ou anulados no sistema religioso da festa.

Como um ritual religioso e que é, ao mesmo tempo, visto como folclórico, passível de ser entendido como demonstração da identidade local, a Festa do Divino é um acontecimento que deve ter as características do culto ao Espírito Santo e ser organizado de forma a constituir um acontecimento da cidade (Brandão, 1978; Moraes Filho, 1979). Assim, sua organização deve ter sempre em vista a possibilidade de ampliação de cultos e rituais de esfera individual ou restrito a pequenos grupos, até as dimensões da cidade ou mais amplas, já que as festas se expandem ao ponto de alcançar as áreas rurais ao redor e outros cidades e de absorver pessoas de toda a região, e mesmo de fora dela. A Festa do Divino de Pirenópolis, estudada por Brandão, é exemplar e será usada como tal aqui, representando um exemplo ideal, que não contém, necessariamente, todas as variações possíveis do sistema da festa.

O principal responsável pela preparação e realização da festa é o imperador do Divino, devendo ser, ao mesmo tempo, seu maior investidor e aquele através de quem a cidade presta suas homenagens ao Espírito Santo, o Divino.


Como uma espécie de representante temporário do Divino Espírito Santo, o imperador se torna objeto de todas as homenagens e deferências durante a comemoração. Por esta razão, o momento principal em toda a sucessão de momentos do festejo, que dura dias, é o da “Coroação do imperador”. É o momento em que simbolicamente o Espírito Santo vem à terra, sobre o imperador do Divino ou personificado nele, como na época dos apóstolos, e em que a festa promove, num único ritual, seus dois principais atores e personagens: o imperador e o padre. E é também o momento em que a sociedade local estabelece os termos rituais da continuidade da festa do Divino, de modo solene, ao estabelecer a passagem de um “ano imperial” para outro .

Considerada, como outras, uma festa popular, a Festa do Divino é realizada sob o duplo controle das autoridades eclesiásticas e da cidade, em geral. As “autoridades da cidade” podem ser as pessoas em melhor condições financeiras, como fazendeiros, comerciantes, empresários etc., como pessoas que gozam algum tipo de prestígio local, comportando, evidentemente, exceções. As pessoas que promovem a Festa do Divino ocupam, geralmente, posições derivadas das relações de trabalho na sociedade local, seja este trabalho urbano ou rural. São conhecidos que se organizam para esta finalidade, e os candidatos a festeiro em geral são fazendeiros, comerciantes ou outros que se conhecem de algum modo através de relações de trabalho. Em certos casos, ocupam posições específicas na festa por causa das posições que ocupam na sociedade. Assim, combinam-se os dois sistemas: o da festa e o das relações sociais.



Preparação da Festa - As Folias do Divino
Um ano antes da realização da Festa do Divino são distribuídos os chamados “encargos” da festa, ou seja, os papéis ou funções que cada um deverá exercer na Festa-representação que é a Festa do Espírito Santo. Estes encargos são sorteados entre todos os que se apresentam como candidatos. Quem se candidata deve estar ciente dos custos que o encargo envolve, embora muitas pessoas sabendo disso façam da candidatura ao encargo o sacrifício implícito em uma promessa que será paga com o trabalho e investimento material na festa. Os principais encargos da Festa do Divino são:

Mordomo da novena:
Um mordomo para cada noite da novena é sorteado, contando-se, portanto, com nove mordomos da novena. Eles são responsáveis pela organização e parte dos gastos com a “reza da novena” (velas e um eventual café com bolinhos oferecido aos que participam dela).
Folião da Cidade:
Responsável pela Folia do Espírito Santo, que percorre a cidade nos dias finais da Semana Santa e poucos dias antes da festa. Ele pode participar diretamente da folia ou pagar a algum folião para sair com a banda em seu lugar. Se ele próprio for o Folião, recebe as homenagens costumeiras de folia nas casas por onde passa. Se pagar pela Folia, recebe homenagens apenas dos demais foliões.
Mordomo das Velas:
Responsável pelos gastos com velas e também com energia elétrica durante os domingos do período da festa.
Mordomo da Bandeira:
Responsável pela guarda e manutenção (incluindo reformas) da Bandeira do Divino. É quem conduz em procissão a Bandeira do Divino e a coloca no mastro para o hasteamento. De sua casa sai a Procissão da Bandeira nos anos em que ela acontece. Segundo Brandão (1978), em alguns anos ou cidades é o Mordomo da Bandeira acompanha essa procissão em lugar de destaque.
Mordomo do Mastro:
É encarregado de obter e preparar o mastro da “Bandeira do Divino”, providenciar seu levantamento e também pela queima de fogos.
Mordomo da Fogueira:
Responsável pela construção da fogueira e sua queima, durante o levantamento do mastro e da bandeira, e ainda pela queima dos fogos.
Imperador do Divino:
É o responsável pela coordenação da festa juntamente com o padre da igreja local e alguns “mordomos, e pela maior parte dos investimentos feitos. Organiza os eventos da festa, arcando com grande parte dos gastos coletivos das Cavalhadas desde os dias do ensaio. Paga pelos fogos, pela decoração da cidade (ajudado pela prefeitura) e pelas apresentações das duas bandas. Recebe as pessoas da festa e visitantes em sua casa, onde deve oferecer comida e bebida. De sua casas saem: Alvorada do Sábado e do Domingo, Procissão da Coroa, Procissão do Espírito Santo e os Cavaleiros, para ensaio. Voltam à sua casa: Procissão da Volta da Coroa, Bandeira e Cortejo ao final da festa.



O imperador do Divino tem lugar de honra nas missas (sentado num trono), nas procissões e nas Cavalhadas (palanque imperial). Ele é homenageado em diferentes situações pelos cavaleiros, pela banda de música e pelos foliões do Espírito Santo. Usa os principais símbolos da festa: a coroa do Divino e o cetro (Brandão, 1978).

Nos dois últimos dias da Semana Santa, o Folião da Cidade a percorre com a primeira Folia do Divino de uma nova Festa. O pequeno cortejo de instrumentistas e cantores divide-se entre os bairros e vilas da cidade e seus integrantes procuram visitar o maior número possível de casas em busca de donativos para a festa. A coroa do imperador é levada da casa deste pelos foliões, que percorrem com ela e a Bandeira, os lugares de “peditório”. Essa atividade também é conhecida como “Bandeira do Divino”, e pode sair novamente durante a semana da novena.

A Festa “Profana”

A festa é vista como tendo uma parte religiosa e uma parte profana. Os eventos da parte considerada profana começam, geralmente, com a saída dos mascarados, a cavalo, e terminam com o cortejo final de “entrega da Festa”, na casa do Imperador.
À parte o desfile de mascarados, que é bastante aleatório e pode acontecer a qualquer momento do período da festa sendo, como observa Brandão (1978), uma série de cavalgatas aleatórias, a Festa ainda tem como momentos marcantes do divertimento popular as Cavalhadas (ou “Guerra entre Mouros e Cristãos” ou, ainda, simplesmente “Mouros e Cristãos”) e as Pastorinhas. Alguns autores sugerem mesmo que as Cavalhadas são, organizacionalmente, o ponto central da Festa (Alves, 1971; Pina; 1971). Segundo Brandão, esta ênfase é exagerada, e afirma que, do ponto de vista ritual, as Cavalhadas são apenas um evento a mais na série de eventos da festa. Tanto que em alguns lugares sequer existem, existiram, ou até desapareceram há muito tempo de algumas cidades onde ainda hoje se festeja o Espírito Santo, como em Goiás e Mossâmedes. Com ele concorda Kornerup (1974), que ressalta os vários momentos da festa como igualmente relevantes.
As Cavalhadas, consideradas um espetáculo específico da festa do Divino consistem em tardes de combates e disputas entre doze cavaleiros cristãos e doze mouros. Do mesmo modo que acontece com a apresentação das Pastorinhas, é um ritual minuciosamente ensaiado. Pelo menos quinze dias antes da primeira apresentação, os cavaleiros se reúnem, desde madrugada, no chamado “pasto real” para ensaiarem as carreiras e discursos do ritual.
Nos dois primeiros dias, geralmente à tarde, são realizados a entrada e o desfile dos cavaleiros, a cena de morte do espia-mouro, as carreiras de combate de lanças, pistola e espada após a troca de embaixadas e o desafio entre os dois reis. Ao final, no Domingo, o pedido de trégua e reinício das carreiras de lutas. Por fim, a derrota e prisão dos mouros, o discurso de conversão do rei mouro e o batismo dos derrotados. Na tarde do último domingo são feitas carreiras de conciliação e homenagens à assistência. Realizam-se ainda os jogos eqüestres de “argolinhas” ou de “cabecinhas”.
De sábado a terça-feira, realizam-se as “Revistas de Pastorinhas”. A apresentação das Pastorinhas na Festa do Divino Espírito Santo vêm sendo feitas desde o começo do século e é um costume que parece se mantém com vigor. Apresentam-se ainda, na parte profana da Festa, autos folclóricos, danças etc. (Araujo, 1955, 1959; Alves, 1971; Amaral, 1976; Brandão, T. 1976i; Bruno, 1953; Carneiro, 1974; Cascudo, 1969, 1971; Dantas, 1976; Kornerup, 1974; Lacerda, 1977; Moraes Filho, 1979 e muitos outros).
Na Festa do Divino de Pirenópolis, provavelmente a mais famosa do Brasil Central, acontecem ainda, constando como “festejos profanos” no calendário oficial (Brandão, 1978), a Procissão do Reinado de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário. Elas se assemelham às procissões do Espírito Santo, em menor escala, e também são distribuídos doces, salgados e licores na casa de alguns dos participantes.

domingo, 20 de setembro de 2009

DICAS DO ENREDO -PARADA GAY




O Mês do Orgulho LGBT de São Paulo nasceu a partir da experiência da organização das Paradas e tem agregado mais atividades (Ciclo de Debates, Feira Cultural LGBT, Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade, Gay Day) e participantes ao longo do tempo e é ainda hoje a atividade mais visível desenvolvida pela entidade.
A Parada do Orgulho LGBT de São Paulo nasceu com o objetivo de visibilizar a população LGBT e suas demandas e a princípio era organizada por uma comissão composta por representantes de vários grupos LGBT de São Paulo. Seu histórico pode ser dividido em três diferentes momentos:

1º - de 1997 a 1999 - Quando a Parada enfoca principalmente temáticas ligadas à visibilidade LGBT e se consolida como manifestação política do movimento. Nesse período a Parada teve um crescimento de 2 mil para 35 mil participantes e foi criada a APOGLBT SP.

2º - de 2000 a 2002 - A Parada passou de 100 mil a 500 mil participantes e tomou por temática principal o desenvolvimento da idéia de diversidade, de modo a não somente visibilizar a população LGBT, mas envolver a sociedade como um todo a partir do conceito de respeito à diversidade. É nesse período que as atividades em torno da parada começam a se multiplicar, de modo a dar origem ao Mês do Orgulho.

3º - a partir de 2003 - Alcançados os objetivos de visibilidade da população LGBT e da participação da sociedade, começa uma nova fase em que a Parada, já plenamente consolidada como manifestação de um campo social crescente, passa a ser utilizada a fim de refletir sobre as demandas da comunidade e como forma de pressão política pelo reconhecimento e garantia efetiva de direitos humanos de LGBT. Nesse período a Parada passou de 1 milhão de participantes em 2003 para 3,5 milhões em 2007, sendo considerada desde 2004 a maior manifestação do gênero no mundo. Em 2005 criou-se uma frente de trabalho composta por vários grupos e ONGs paulistas para visibilizar politicamente as demandas da comunidade nos eventos do Orgulho e pela primeira vez houve um movimento na direção de procurar unificar os temas das Paradas pelo Brasil. No ano de 2006, a Parada de São Paulo comemorou seus dez anos deparando-se pela primeira vez com o “Termo de Ajuste de Conduta" imposto pela prefeitura e sofrendo a ameaça de ser retirada da Avenida Paulista, principal cartão-postal da cidade, e mesmo assim bateu mais um recorde de público, reunindo 3 milhões de manifestantes. Desde então, com exceção da Festa de Reveillon e da Corrida de São Silvestre, é o único evento autorizado a ser realizado no local, o que legitima o reconhecimento de sua importância para a sociedade.


Histórico das Paradas em São Paulo

1ª Parada do Orgulho GLT (28/06/1997) – “Somos muitos, estamos em todas as profissões” – 2 mil pessoas.
A "Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas e Travestis", como denominada à época, foi fruto do trabalho dos grupos CORSA (Cidadania, Orgulho, Respeito, Solidariedade, Amor), Núcleo de Gays e Lésbicas do PT de São Paulo, CAHEUSP (Centro Acadêmico de Estudos Homoeróticos da Universidade de São Paulo), Etc. e Tal, APTA (Associação para Prevenção e Tratamento da Aids), AnarcoPunks e Núcleo GLTT do PSTU. Começou tímida, mas a participação foi aumentando aos poucos com as pessoas que passavam pelas avenidas da cidade; todos se misturaram. Saiu da Avenida Paulista e terminou na Praça Roosevelt. Diferentemente das Paradas recentes, que contam com os famosos e já tradicionais trios elétricos, a primeira foi puxada por um carro, tipo perua Kombi, com uma caixa de som em cima. Por todo o percurso, os militantes revezavam-se ao microfone para discursar e puxar palavras de ordem. A bandeira do arco-íris, nosso maior símbolo, já estava lá.

2ª Parada do Orgulho GLT (28/06/1998) – “Os direitos de gays, lésbicas e travestis são direitos humanos” – 7 mil pessoas.
Em relação à 1ª Parada, a organização melhorou e o número de manifestantes mais que triplicou, provocando mudanças significativas na vida dos organizadores. Foi concluído que, para o ano seguinte seria criado um grupo, no caso, uma associação para organizar as próximas Paradas e outros eventos na cidade. Nascia a Associação da Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais de São Paulo.

3ª Parada do Orgulho GLBT (27/06/1999) – “Orgulho Gay no Brasil, rumo ao ano 2000” – 35 mil pessoas.

4ª Parada do Orgulho Gay (25/06/2000) – “Celebrando o orgulho de viver a diversidade” – 120 mil pessoas.
Para facilitar a compreensão da sociedade, que até então não se familiarizava com o acrônimo GLBT (Gays Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros – utilizado no Brasil até julho de 2008, posteriormente substituído por LGBT), e a disseminação do tema da Parada, decidiu-se por abranger todos os grupos representados pelo movimento na denominação “Gay”.

5ª Parada do Orgulho Gay (17/06/2001) – “Abraçando a diversidade” – 250 mil pessoas.
Com a mesma proposta de celebração pública do orgulho, outros eventos passam a fazer parte do calendário oficial: o Gay Day, que aconteceu num grande parque de diversões, e a Feira Cultural, que reuniu expositores e apresentações de drag queens no Largo do Arouche. Nesse ano também a data de realização da Parada foi alterada acompanhando o feriado de Corpus Christi, possibilitando o afluxo de pessoas de outras localidades.

6ª Parada do Orgulho Gay (02/06/2002) – “Educando para a diversidade” – 500 mil pessoas.
A proposta visava firmar a Parada como um espaço que contribuía para o respeito às diferenças e “ensinava” as pessoas a conviver com elas. Nesse ano, houve o maior numero de trios elétricos desde seu início: 25 ao todo. E novamente o publico superou as expectativas, levando a Parada de São Paulo entre as maiores já realizadas no mundo.

7ª Parada do Orgulho Gay (22/06/2003) – “Construindo políticas homossexuais” – 1 milhão de pessoas.

Nesse ano, valorizou-se a proposta de definir claramente as demandas do movimento LGBT. Com esse tema, a Associação trouxe para o debate a necessidade de haver políticas específicas para a comunidade. Travestis e transexuais estavam presentes com um trio elétrico próprio, fazendo a visibilidade do segmento. O grande marco de público colocou a Parada entre as três maiores do mundo, junto com as de São Frâncico (EUA) e Toronto (Canadá). A agência de propaganda Almap BBDO patrocinou parte do evento e a cantora Elza Soares fez o encerramento com um grande show na Praça da República. O jornal Folha de São Paulo, no dia seguinte, ressaltava o sucesso da manifestação e a qualificava como uma “forma de ampliar a democracia”.

8ª Parada do Orgulho GLBT (13/06/2004) – “Temos família e orgulho” – 1,8 milhão de pessoas.
Tendo já conquistado grande visibilidade na mídia e o reconhecimento da sociedade, voltou-se a utilizar o acrônimo GLBT. O tema colocava a população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais afirmando sua origem da própria sociedade, ampliando o conceito tradicional de família e exigindo o reconhecimento para os LGBT dentro da estrutura familiar.

9º Mês do Orgulho GLBT (29/05/2005) – “Parceria civil, já! Direitos iguais: nem mais, nem menos” – 2,5 milhões de pessoas.
Após o grande marco da Parada anterior, tendo em vista o reconhecimento internacional atingido pelo movimento, tanto pelos governos como pela mídia, a APOGLBT SP decidiu enfatizar as demais atividades ligadas à manifestação, divulgando o conjunto de ações oficialmente como o “Mês do Orgulho GLBT de São Paulo”.

10º Mês do Orgulho GLBT (17/06/2006) – “Homofobia é crime! Direitos sexuais são direitos humanos” – 3 milhões de pessoas.
O tema propunha um amplo debate social a respeito do preconceito e discriminação, incentivando uma série de ações pela aprovação de uma legislação contra a homofobia no cenário nacional, em especial o Projeto de Lei 122/06 de autoria da deputada federal Iara Bernardi, e por políticas públicas que visem o controle e a erradicação da homofobia no Brasil.
11º Mês do Orgulho GLBT (10/06/2007) – “Por um mundo sem machismo, racismo e homofobia!” – 3,5 milhões de pessoas.

12º Mês do Orgulho GLBT (28/05/2008) – “Homofobia mata! Por um Estado laico de fato!” – 3,4 milhões de pessoas.
A APOGLBT retomou o tema de combate à homofobia para reforçar a necessidade de aprovação do Projeto de Lei Federal 122/06 ainda tramitando no Senado, que criminaliza o preconceito homofóbico, dessa vez, atrelado a defesa de uma legislação livre de influência religiosa. As Paradas de Moscou (Rússia) e de Jerusalém (Israel), cujas organizações enfrentam constantemente repressão governamental e de grupos conservadores e fundamentalistas, receberam o Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade Sexual na categoria Internacional. Seus idealizadores vieram pessoalmente ao Brasil para serem homenageados e participar das atividades do Mês do Orgulho. Num acordo inédito, ambas as manifestações tornaram-se “Paradas-Irmãs” à de São Paulo, num gesto simbólico de solidariedade e apoio mútuos para realização de ações de protesto e celebração nas respectivas metrópoles. . Para a Parada, a APOGLBT SP e a Polícia Militar do Estado de São Paulo ofereçam um planejamento de segurança nunca visto antes: foram disponibilizados 1000 policias militares, 300 guardas civis e 320 seguranças privados, dois telecentros para registros imediatos de boletins de ocorrência, além de cerca de 30 UTIs móveis, 46 médicos, 55 enfermeiros e três hospitais de campanha, totalizando 80 leitos. Pela primeira vez, desde sua 3ª edição em 1999, as casas noturnas não estavam representadas com seus trios elétricos, mas, mesmo assim, 21 carros de ONGs, sindicatos, sites e órgãos governamentais garantiram a voz e a música da manifestação – destaque para o trio reservado a portadores de necessidades especiais e o destinado a homenagear as vítimas do HIV/Aids, que fechou a Parada desfilando vazio por todo o trajeto. A Caixa Econômica Federal e a Petrobrás reafirmaram seu compromisso com a diversidade financiando novamente o Mês do Orgulho, em conjunto com o Ministério do Turismo (que teve um trio elétrico próprio na Parada) e a Prefeitura de São Paulo.

DICAS DO ENREDO -PARINTINS E BUMBÓDROMO






BOI BUMBÁ - ORIGENS
A festa do Boi-bumbá, ou Festa do Boi, ou ainda Brincadeira do Boi , têm sua origem no Nordeste do Brasil, onde derivou de outra Dança típica: o Bumba-meu-Boi.

BOI BUMBÁ – A LENDA
da lenda do fazendeiro que tinha um boi de raça, muito bonito, e querido .
As apresentações dos bois em Parintins desenvolvem-se de acordo com um enredo que conta a história do Negro Francisco, funcionário da fazenda e cuja sua mulher, Catirina fica grávida e sente desejo de comer a língua do boi. fica desesperado. Com medo de Catirina perder o filho que espera, caso o desejo não seja atendido, resolve roubar o boi de seu patrão para atender ao desejo de sua mulher.
Então, segundo o enredo, Negro Francisco mata o boi preferido do patrão. O amo descobre e manda os índios caçarem Negro Francisco, que busca um pajé para fazer ressuscitar o boi.

O boi renasce e tudo vira uma grande festa.
O imaginário indígena e detalhes religiosos dos índios ,como pajés e feiticeiros , foram incorporados com mais influência ao Boi-Bumbá
.


O Festival Folclórico de Parintíns:
Um dos grandes marcos para a divulgação do Boi-Bumbá foi grandiosa festa dos bois de Parintins, realizado na Cidade de Parintins cerca de 400 Km de Manaus, no Amazonas desde 1913, no mês de julho.O imaginário indígena e figuras religiosas como pajés e feiticeiros foram incorporados às tradições da festa. Por isso, durante o Festival Folclórico de Parintins, a cidade é chamada de “ilha Tupinambarana” e os Bois Garantido e Caprichoso se apresentam no Bumbódromo.




Durante a apresentação, cada Boi leva aproximadamente um tempo de 3 horas. Fazem parte da apresentação efeitos especiais com luzes e cores, show pirotécnico . Os bonecos gigantescos representando cada personagem ,cada uma dos Bois leva ao Bumbódromo cerca de aproximadamente 5 .000 participantes. Cerca de 35.000 pessoas prestigiam o espetáculo anualmente.

Garantido e Caprichoso

As cores vermelho do Boi Garantido , e azul do Boi Caprichoso, tomam conta do Bumbódromo, espécie de arena, semelhante a um Sambódromo.

Existem algumas explicações sobre a origem dos nomes dos Bois , mas uma delas é a mais aceita para a origem dos nomes dos Bois Garantido e Caprichoso, esta explicação refere-se ao Poeta Emídio Vieira e seu amor proibido pela mulher do repentista Lindolfo Monteverde. Ambos apresentavam seus bois todos os anos.
Como não podia ter a mulher de Lindolfo Monteverde.

Emídio Vieira lançou o seguinte desafio a Lindolfo Monteverde:
"Se cuide que este ano eu vou caprichar no meu boi".

Lindolfo Monteverde respondeu:
"Pois capriche no seu que eu garanto o meu".


BOI GARANTIDO



Assim nasceu o nome, e a rivalidade foi crescendo a cada ano. Existiam outros grupos de apresentação de Bois que foram desaparecendo e apenas os Garantido de Lindolfo Monteverde e o Caprichoso de Emidio Vieira se mantiveram.

DICAS DO ENREDO -FESTA JUNINA




Origem da Festa Junina
Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.

De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).
Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.
Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.

Festas Juninas no Nordeste
Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.
Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas.

Comidas típicas
Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, cural, milho cozido, canjica, cuzcuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos.
Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.


Tradições
As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.
No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.
Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.
Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.
EXTRAÍDO DE http://www.suapesquisa.com/musicacultura/historia_festa_junina.htm